David Guetta, primeiro DJ no palco principal do festival no Brasil, transformou a Cidade do Rock na "maior balada do mundo", na definição dele. Previsível e sem pausas, o set do francês empolgou.
Na homenagem para Cazuza, houve discurso de Rogério Flausino, exaltando a obra do falecido cantor. O tributo também teve o maior figura da noite: Ney Matogrosso em performance digna de um megafestival. Por outro lado, pegou mal a cantoria de Bebel Gilberto na homenagem, fora do tom. Ela chamou Rogério Flausino de Jota Quest, como se o nome da banda fosse o dele.
O Palco Sunset teve uma parceria sem tanta liga, com Maria Rita e Selah Sue. E um encontro que fez valer a proposta de misturas, com o quarteto americano Living Colour acompanhado da cantora Angélique Kidjó. A revelação veio do Sunset, o rapper mineiro Renegado abriu bem o festival. Foi um primeiro dia de shortinhos como figurino quase obrigatório e com melhorias na estrutura, por conta do público menor. Foram 15 mil pessoas a menos do que a edição passada, por opção da organização.
Se seguisse o setlist que foi passado para os jornalistas antes do show, Beyoncé teria cantado "Halo" e saído do palco. Não foi assim. Ela dançou um trecho do funk do "Lek lek", antes de se despedir. No show que seguiu o roteiro de praxe da turnê mundial, sair do padrão para entrar em ritmo de funk foi um presente aos cariocas. Leia crítica sobre show de Beyoncé.
Ninguém rebolou tanto quanto Beyoncé. A cantora americana, acompanhada de nove dançarinas e dois dançarinos, foi a que mais chacoalhou na noite mais dançante do festival. O público se animou, claro. Mas a reação da plateia (talvez cansada com a maratona pop) ficou um bocado aquém se comparada ao show anterior, de David Guetta. Leia crítica sobre show.
Você pode não gostar dele. Pode até odiá-lo. Mas David Guetta mostrou com quantos hits (dele, e de outros artistas como Blur, Bruno Mars, Jay Z) se faz "a maior balada do mundo". O francês foi o primeiro DJ a tocar no espaço principal do Rock in Rio no Brasil. Fez mashups, levantou os braços, escreveu mensagem e fez o que dele se esperava. Leia crítica do show de David Guetta.
Ivete imitou coreografia de Beyoncé em tom de brincadeira. Mas o grande momento do show foi a homenagem para o Queen, ao cantar "Love of my life", fazendo lembrar a primeira edição do Rock in Rio. Ela emocionou com a reação dos fãs e com Freddie Mercury no telão. "Filho eu te amo, você é minha força. E Deus mandou você pra mim", disse. Veja a crítica do show.
Frejat e Flausino ressaltam as canções “de protesto” de Cazuza durante o show de homenagem. “É incrível como as canções de protesto no Brasil não envelhecem nunca", disse o cantor do Jota Quest, antes de cantar “Ideologia”. “Cazuza ia estar adorando ver o povo nas ruas nas manifestações", arriscou Frejat. "A obra de Cazuza moldou meu intelecto", disse Flausino.
O show de Maria Rita com a belga Selah Sue não funcionou bem no Sunset. Elas pouco cantaram juntas: foi como assistir a dois shows. O microfone de Maria Rita tampouco funcionou. Ela fez tributo a Gonzaguinha, acompanhado por coro da plateia. Em "Acredito na rapaziada", um problema técnico deixou a cantora sem microfone por alguns segundos. Em "O homem falou", Selah "arranhou" no português. Sobrou boa inteção. Faltou ensaio. Veja o texto sobre o show.
Com 15 mil pessoas a menos em relação à edição de 2011 (e muitas latas de lixo a mais), a organização do Rock in Rio parece ter feito sua parte para deixar a Cidade do Rock mais limpa durante e depois das apresentações.
Bebel Gilberto fez baixar a animação no tributo a Cazuza, com "Todo amor que houver nessa vida". Às vezes com algum esforço e em outras olhando para baixo, não conquistou o público. Ela ainda fez confusão e chamou Rogério Flausino antes da hora. Bebel ainda cantou "Preciso dizer que te amo" antes de o cantor entrar, chamado pelo nome da sua banda, "Jota Quest".
Em um elenco que tinha vozes de diferentes gerações e estilos (de Bebel Gilberto a Rogério Flausino), Ney Matogrosso colocou todo mundo no bolso. O show em tributo a Cazuza, que abriu os trabalhos no Palco Mundo, foi outro quando o cantor soltou a voz. "Codinome beija-flor" foi o ponto alto da homenagem.Leia sobre o show.
A mistura do rap do brasileiro com o hip-hop instrumental da banda portuguesa - que tem entre seus integrantes um DJ - esquentou as primeiras horas do festival. Além de suas próprias músicas, Renegado apresentou uma versão de "Não vou ficar", que fez sucesso nas vozes de Tim Maia e Roberto Carlos e uma outra de "O Tempo Não Para", de Cazuza. Ao todo, doze músicos e mais dois DJs deram corpo ao show de abertura do Rock in Rio. Saiba como foi a apresentação.
Em dia de pop, os riffs de guitarra apareceram mais timidamente. Um dos melhores veio da última apresentação do Sunset. "Cult of personality", do Living Colour, abriu o set e também lembrou os 25 anos comemorados neste ano do primeiro disco de sucesso do quarteto americano, "Vivid". O show com Angélique Kidjó, do Benim, cumpriu bem a ideia de reunir atrações distintas em clima de jam session. Leia a crítica do show.
"Adorei a Byonceta! Poderia ter nascido no Brasil! Linda demais!", disse Tico Santa Cruz, vocalista do Detonautas, em seu perfil no Twitter, pouco antes do fim do show de Beyoncé. Ele se apresenta no sábado (14) no Sunset, em tributo a Raul Seixas.