A modelo Ju Isen, destaque da Unidos do Peruche no Carnaval 2016 de São Paulo, foi expulsa da avenida por despir parte de sua fantasia, em protesto após ser impedida pela escola de usar um tapa-sexo com a imagem da presidente Dilma Rousseff. A agremiação a obrigou a sair vestida com um comportado macacão cor da pele pelo Anhembi.
Em imagens exibidas pela TV Globo, a modelo apareceu se despindo do macacão em pleno desfile, jogando parte da fantasia no chão e deixando os seios à mostra. Na sequência, foi rapidamente retirada da avenida pelo presidente da Liga das Escolas de Samba, Paulo Sergio Ferreira, o Serginho.
O presidente da agremiação, Sidney de Moraes, o Ney, contou ao UOL que Isen --considerada musa das recentes manifestações contra o governo federal-- já havia dado problema durante os ensaios técnicos e que a escola pretende processá-la. "Ela não poderia ter desfilado nua. Foi convidada, mas assinou contrato com determinados termos a serem seguidos. Isso acaba denegrindo a imagem do Carnaval."
Após sair do desfile, Isen contou ao UOL que foi agredida por integrantes da escola. "Me jogaram no chão. Estou toda sangrando no pé. A mulher me deu um pescoção, um empurrão, me pisotearam, me chutaram, entendeu? Não sei se vou na delegacia, vou ver com a minha assessoria o que é melhor para fazer porque não vou ser agredida assim".
Gisele Alquas/UOL
Detalhe do tapa-sexo com imagem da presidente Dilma Rousseff
Ao saber que a escola pretende processá-la, Isen disse que fará o mesmo. "Vai me processar de quê? Carnaval é nudez, Carnaval é sensualidade. Existe algum contrato aonde eu digo para o presidente da escola de samba? Muito pelo contrário, a minha roupa nem seria essa. Enfim, ele vai me processar, eu também vou processar. Direitos humanos, direito da mulher, tem a lei aí, a Maria da Penha, eu fui agredida. Tenho provas."
Já Serginho alertou que a escola pode perder pontos nos quesitos fantasia e evolução. O episódio com Isen aconteceu em frente ao módulo onde ficam os jurados que julgam harmonia e alegoria.
Em entrevista ao UOL minutos antes do desfile, Isen contou porque queria usar o tapa-sexo. "A minha fantasia é a repudia que todos nós brasileiros temos pela presidente da República, por toda a corrupção, falta de segurança, falta de escola, falta de hospitais. Eu vim realmente para manifestar".
Primeira escola do sábado
Primeira agremiação a entrar na avenida neste sábado (6) de Carnaval, a Unidos do Peruche, escola da zona norte de São Paulo, desfilou o enredo "Ponha um Pouco de Amor numa Cadência e Vai Ver que Ninguém no Mundo Vence a Beleza que Tem o Samba. Cem Anos de Samba, Minha Vida, Minha Raiz".
Ao saber que a escola pretende processá-la, Isen disse que fará o mesmo. "Vai me processar de quê? Carnaval é nudez, Carnaval é sensualidade. Existe algum contrato aonde eu digo para o presidente da escola de samba? Muito pelo contrário, a minha roupa nem seria essa. Enfim, ele vai me processar, eu também vou processar. Direitos humanos, direito da mulher, tem a lei aí, a Maria da Penha, eu fui agredida. Tenho provas."
Já Serginho alertou que a escola pode perder pontos nos quesitos fantasia e evolução. O episódio com Isen aconteceu em frente ao módulo onde ficam os jurados que julgam harmonia e alegoria.
Em entrevista ao UOL minutos antes do desfile, Isen contou porque queria usar o tapa-sexo. "A minha fantasia é a repudia que todos nós brasileiros temos pela presidente da República, por toda a corrupção, falta de segurança, falta de escola, falta de hospitais. Eu vim realmente para manifestar".
Primeira escola do sábado
Primeira agremiação a entrar na avenida neste sábado (6) de Carnaval, a Unidos do Peruche, escola da zona norte de São Paulo, desfilou o enredo "Ponha um Pouco de Amor numa Cadência e Vai Ver que Ninguém no Mundo Vence a Beleza que Tem o Samba. Cem Anos de Samba, Minha Vida, Minha Raiz".