Foi uma final que teve todos os ingredientes que marcaram a Copa do Mundo da Rússia: a utilização do VAR, gols de bola parada, erros de goleiros e a vitória do time que teve menos posse de bola e volume de jogo. Com gols de Griezmann, Pogba, Mbappé e Mandzukic (contra), a França derrotou a Croácia por 4 a 2 e levou seu segundo título mundial, 20 anos após o primeiro triunfo, em casa, contra o Brasil. O resultado coloca Didier Deschamps no seleto rol de quem foi campeão do mundo como jogador e treinador, ao lado de Zagallo e Beckenbauer.
Doze anos após sua última final, quando foi vice-campeã na Copa da Alemanha, a França voltou a decidir um Mundial. Sem surpresas, o técnico Didier Deschamps, capitão da seleção vencedora de 1998, mandou a campo o mesmo time que jogou a semifinal contra a Bélgica, com Mbappé e Matuidi abertos pelos lados e Griezmann pelo centro, atrás do centroavante Giroud, que não balançou as redes na Rússia.
A Croácia também não teve novidades. Armada num 4-2-3-1 pelo treinador Slatko Dalic, a seleção do leste europeu apostou no talento de seu meio-campo, que tem nomes de peso como Rakitic, Modric e Perisic, homens responsáveis por municiar Mandzukic, que atuava como a referência da área.
Os primeiros dez minutos de partida viram a Croácia com suas linhas adiantadas no campo francês. A postura, no entanto, não rendeu frutos, já que a França estava muito bem postada defensivamente e não permitiu brechas que pudessem causar problemas para Hugo Lloris.
Aos 18 minutos, o herói da classificação na prorrogação contra a Inglaterra virou o vilão croata. Depois de cobrança de falta de Griezmann, Mandzukic tentou afastar a bola, mas ela desviou em sua cabeça e entrou no canto direito da meta de Subasic, deixando a França na frente por 1 a 0.