Aos 53 minutos do segundo, quando a bola cruzou o ar do Maracanã, encontrou a cabeça do atacante Breno Lopes e foi descansar no fundo da rede do Santos, valeu a pena cada uma daquelas vezes em que o torcedor do Palmeiras disse aos amigos, gritou aos jogadores, sussurrou para si mesmo: “A Taça Libertadores é obsessão”. Neste sábado, o título tão desejado desde 1999, tão pedido nestes últimos anos, deixou de ser ambição para se tornar realidade: o Palmeiras é bicampeão da América. O gol da vitória por 1 a 0 nasceu quase no fim, logo após confusão entre Cuca e Marcos Rocha à beira do campo, e saiu da cabeça de um jogador improvável, quase desconhecido, chegado ao clube há menos de três meses – e, desde já, eternizado.
A partir de agora, o Mundial de Clubes vira o grande compromisso do Palmeiras. O torneio da Fifa começará em 4 de fevereiro, com o clube brasileiro estreando no dia 7. Antes disso, ao menos por enquanto, o Alviverde enfrenta o Botafogo na terça-feira (2) e o Santos visita o Grêmio na quarta (3). Ambos os jogos são do Campeonato Brasileiro.
Depois de um primeiro tempo nervoso e de muito estudo, as equipes começaram a se soltar na segunda etapa. Com 30 minutos, Diego Pituca teve liberdade e mandou uma bomba, Weverton espalmou. No rebote, Felipe Jonatan chutou com bastante perigo. Foi a primeira grande oportunidade pelo chão. Já nos minutos finais, quando a partida caminhava para a prorrogação, Breno Lopes completou cruzamento e, de cabeça, tirou totalmente John da jogada. Fez o gol histórico para o clube.