Arruda deixa esposa e quatro filhos. Ele cantou "Obrigado" e acariciou suas velas de 50 anos ao lado de seus dois filhos pouco antes de ser executado.
O invasor foi baleado três vezes e atualmente está em estado crítico, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Paraná. Segundo relatos, a pessoa que compareceu ao evento é um guarda penitenciário (PL) apoiador de Jair Bolsonaro.
Segundo o boletim da ocorrência registrado por policiais de Foz do Iguaçu, ao chegar ao local foram encontrados 2 corpos no chão. O de Marcelo, “a princípio com duas perfurações de arma de fogo”, e o de Jorge José “a princípio com 3 perfurações de arma de fogo”.
Segundo nota divulgada pelo PT, o policial penal havia interrompido a festa e ameaçado de arma na mão a “todos os presentes, familiares, amigos, companheiros” no local.
“Antes de ser assassinado com três tiros pelo policial penal fascista que o abordou no estacionamento, Marcelo tentou ainda se defender com a arma funcional que tinha em seu carro e reagiu”, diz a nota do partido, assinada pela presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, e pelo coordenador nacional do Setorial de Segurança Pública da legenda, Abdael Ambruster.
Arruda era tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, e foi candidato a vice-prefeito na cidade em 2020. Também era diretor do Sismufi (Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu).
A Prefeitura de Foz do Iguaçu lamentou a morte de Arruda. Em nota de pesar, disse que ele foi da 1ª turma da Guarda Municipal, e que estava na corporação há 28 anos.
“Agradecemos ao Marcelo Arruda por toda a sua dedicação e comprometimento com o Município, o qual nestes 28 anos de funcionalismo público defendeu bravamente, tanto atuando na segurança como na defesa dos servidores municipais”, disse o prefeito Chico Brasileiro (PSD). “Desejamos à família, aos amigos e colegas de Marcelo força neste momento de dor”.