Na manhã de hoje, a Polícia Federal prendeu o suspeito da morte da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson. Chiquinho Brazão, Deputado Federal. O assessor do TCE-RJ, Domingos Brazão, e o ex-delegado da Polícia Civil do RJ, Rivaldo Barbosa, foram presos.
Na imagem, da esquerda para a direita, estão Chiquinho Brazão, Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa, acusados de mandar matar Marielle Franco. — Foto: Reprodução / Rede Globo |
Chiquinho e Domingos foram detidos por suspeita de serem “autores intelectuais” do homicídio. A PF acusou pelo assassinato do motorista e pela tentativa de homicídio da assessora de Marielle. Rivaldo foi preso por obstruir negócios oficiais. Além dos três mandados de prisão, foram expedidos 12 mandados de busca e prisão, todos na cidade do Rio de Janeiro. A investigação confirmou a busca pelo ex-delegado de Homicídios Giniton Lajes, além de Marcos Antônio de Barros Pinto e Erika de Andrade de Almeida Araujo. A PF não revelou a extensão do seu envolvimento. A motivação do crime não foi revelada
Uma viatura da Polícia Federal chegou à sede carregando sacolas. Um advogado também esteve no local, mas não quis confirmar se o incidente estava relacionado. Os três presos devem ser transferidos hoje para o presídio federal de Brasília.
Um depoimento de Ronnie Ressa, acusado de cometer o crime, cita Chiquinho como mentor. A citação transferiu o caso do tribunal superior para o tribunal federal. Chiquinho negou qualquer envolvimento após Lessa apontar o dedo para ele. Ele também questionou o relatório, dizendo que se tratava de um “relatório criminal”. Domingos então disse que não lembrava quem era Marielle. “Eu não conhecia nem me lembrava desse congressista”, disse ele.
“mais um grande passo” para a resolução do caso. “Deus sabe o quanto sonhamos com este dia”, escreveu a Irmã de Marielle.
O Departamento de Justiça anunciou que aprovou a petição de Ronnie Ressa. O ministro Ricardo Lewandowski disse não ter acesso ao conteúdo e que o assunto estava sendo tratado em sigilo. Esse processo está nas mãos de Alexandre de Moraes. Lewandowski disse que os resultados devem ser anunciados “em breve”. No dia 14 de março de 2018, Mariel e Anderson foram assassinados no centro do Rio. Eles estavam voltando de um evento de palestra na Câmara Municipal quando um Cobalt prateado emboscou seu carro e disparou 14 tiros. Nada foi roubado.
A PF informou que após a execução de Marielle, os réus jogaram fragmentos da placa do carro usado no crime nos trilhos da ferrovia no Rio de Janeiro. Dois dias após a execução, recebeu ordem de “desaparecer com o carro”, disseram os investigadores. Foi planejado para ser demolido no Morro da Pedreira, zona norte da cidade.
Maxwell acaba ajudando Lessa a esconder suas armas de fogo e ferramentas restritas. A arma do crime foi encontrada no apartamento do ex-primeiro-ministro, mas a sua localização ainda é desconhecida. Segundo a PF, o arsenal foi lançado ao mar na Barra da Tijuca em março de 2019, um ano após a execução do assessor, complicando a investigação.