Morre o jornalista Cid Moreira

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O Brasil acordou com uma triste notícia que marcou a história da comunicação no país: a morte de Cid Moreira, um dos mais icônicos jornalistas e apresentadores da televisão brasileira. Sua voz inconfundível e seu estilo único deixaram uma marca indelével na memória de gerações.

foto: reprodução / rede globo


Início de Carreira

Cid Moreira nasceu em Taubaté, interior de São Paulo, em 1927. Desde jovem, sua voz poderosa se destacava, levando-o a seguir a carreira de comunicador. Formou-se em contabilidade, mas logo percebeu que sua verdadeira paixão era a comunicação. Com apenas 17 anos, ele passou em um teste para locutor na Rádio Difusora de Taubaté, onde começou a dar os primeiros passos na carreira.


Chegada ao Rio de Janeiro

Em 1950, Cid se mudou para o Rio de Janeiro, onde sua carreira começou a decolar. Ele se tornou um dos rostos mais reconhecidos da televisão brasileira quando foi convidado para estrear o Jornal Nacional na TV Globo em 1969. Neste programa, ele cumprimentou o Brasil mais de 8.000 vezes, tornando-se uma figura emblemática na vida de milhões de telespectadores.


Momentos Memoráveis no Jornal Nacional

Cid Moreira não apenas apresentava notícias, mas também tocava o coração das pessoas. Ele era conhecido por dar toques delicados a notícias duras, como a morte do poeta Carlos Drummond de Andrade e a trágica morte de John Lennon, que ele anunciou ao vivo. Sua capacidade de transmitir emoções fez dele um jornalista admirado e respeitado.


A Paixão pelo Jornalismo

Durante sua longa carreira, Cid Moreira se emocionou muitas vezes ao apresentar notícias impactantes. Um dos momentos que ele nunca esqueceu foi o de um crime que ele anunciou, onde um dos envolvidos foi atingido por um tiro. Essas experiências moldaram sua visão sobre o jornalismo e a importância de contar histórias com sensibilidade.

foto: Cid com Mister M / tv globo / fantástico




Cid Moreira tinha um estilo próprio que o tornava único. Apesar de ser conhecido por sua postura formal, ele trouxe um toque de descontração ao seu trabalho. Ele frequentemente brincava sobre a lenda de que apresentava o Jornal Nacional de bermuda, embora isso não fosse verdade. Cid sempre preferiu o conforto e, por muitos anos, apresentou o programa de calça jeans e tênis, desafiando as normas da televisão tradicional.


Após seu tempo no Jornal Nacional, Cid Moreira também apresentou o programa Fantástico, onde se destacou em diversas edições. Ele se tornou uma figura marcante, contribuindo para a popularidade do programa. Além disso, suas gravações de textos bíblicos, que continuam a ser ouvidas até hoje, demonstram sua versatilidade e amor pela comunicação.


Legado e Homenagens

Ao longo de sua carreira, Cid recebeu inúmeras homenagens. Nos 50 anos da TV Globo, ele e seu parceiro Sérgio Chapelin foram convidados a se reunir na bancada do Jornal Nacional, um momento que simbolizou a importância de sua contribuição para a história da televisão brasileira. Cid fez questão de celebrar sua carreira e seu legado com gratidão.


Vida Pessoal e Últimos Anos

Cid Moreira completou 97 anos em 29 de setembro e passou a maior parte de sua vida em frente às câmeras. Ele se manteve ativo e bem-humorado até seus últimos dias, mesmo enfrentando problemas de saúde, como sequelas de insuficiência renal. Ele estava internado há 29 dias e faleceu em Petrópolis, de mãos dadas com a esposa, Fatima, com quem viveu por quase 24 anos.


Despedida e Legado 

O velório de Cid Moreira será aberto ao público, permitindo que fãs e admiradores se despedam desse ícone da televisão. Ele deixou três filhos e enfrentou a dor de perder um neto e uma filha. Sua morte não é apenas uma perda pessoal, mas também um marco na história do jornalismo brasileiro. Cid Moreira fez questão de levar o evangelho e as notícias de Deus até o último dia de sua vida, deixando um legado de amor e dedicação ao seu trabalho.


A vida de Cid Moreira é um testemunho de paixão, dedicação e emoção. Ele não apenas informou o Brasil, mas também tocou o coração das pessoas com sua voz e presença. Ao nos despedirmos de Cid, lembramos não apenas do jornalista, mas do homem que sempre buscou fazer a diferença. Sua memória viverá em nossas recordações e em cada notícia que ele apresentou com tanto carinho.

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